(imagem web)
A história nos leva hoje a uma
visita muito especial, caminharemos sem armaduras pelos sabores de um tempo
antigo na Europa, onde a culinária teve papel fundamental na construção da
sociedade.
Entre os séculos V e XV, a
cultura européia viveu a era Medieval, um período reconhecido pela importância
de suas batalhas e conflitos, mas não falaremos destes temas, vamos nos armar
apenas com muito apetite e conhecer um pouco sobre a Gastronomia da época.
A Alimentação básica na Idade
Média vinha dos cereais, que eram usados para a preparação das massas e mingaus,
os temperos mais comuns quase sempre vinham das uvas verdes e eram misturados
ao mel e açúcar, dando aos pratos um forte sabor agridoce. Os ensopados e
molhos também tinham espaço garantido à mesa, mas o grande destaque, ficava
mesmo por conta das carnes de frango e porco, que eram muito apreciadas.
Inicialmente a comida era
preparada no centro da sala, em lareiras super aquecidas, exalando calor para
todos os outros cômodos da casa, ali se assavam porcos inteiros no espeto e usavam
ganchos móveis para pendurar os caldeirões com ensopados. Foi na Baixa Idade
Média, que a cozinha separada começou a aparecer como tendência entre os
nobres, separando os convidados da fumaça dos assados.
Estudiosos medievais viam uma
relação entre o processo de cozimento e o sistema digestivo humano, acreditavam que o alimento no estômago era uma
continuação de sua preparação na cozinha, por isso, para que os nutrientes
fossem bem absorvidos deviam preencher o estômago de forma apropriada. A
refeição ideal começava sempre por frutas, seguidas de vegetais como o alface
ou repolho, logo depois frango e ensopado e por fim, carne de porco com
castanhas para fechar o estômago e facilitar a digestão.
Na Idade Média o alimento era o
principal elemento indicador das classes sociais, existiam normas que
relacionavam o trabalho de uma pessoa como o que ela devia comer, era ilegal
que trabalhadores de serviços manuais comessem carnes, privilégio concedido
apenas aos senhores da nobreza. Só após a Peste Negra as carnes foram liberadas
e consideradas comuns aos pobres.
Mas se por um lado, alguns
alimentos eram restritos, por outro lado, temos a Cerveja como a bebida das
classes populares da época, consumida fresca no início - pois ainda não era
produzido o lúpulo - ela tinha uma cor mais turva, menor teor de álcool e já
era um sucesso.
Para aqueles que querem viajar
pelo mundo da Gastronomia Medieval, existem atualmente algumas coleções de receitas da
Idade Média disponíveis em livros ou sites especializados, vale a pena pesquisar !!
Por enquanto, ficamos por aqui com uma
sugestão de receita para começar essa viagem :
Devorem !!
COSTELINHA SUÍNA AO MOLHO DE AGRIÃO
1 limão
2 dentes de alho picados
1 pimenta dedo de moça picada
Uma pitada de pimenta do reino
½ xícara de cebolinha
picada
Um ramo pequeno de coentro picado (cuidado para não
exagerar!)
Sal a gosto
Azeite Extra Virgem a gosto
Tempere a costelinha com o suco
do limão, alho, pimenta dedo de moça, pimenta do reino, cebolinha , coentro, um fio generoso de azeite
e sal a gosto.
Deixe descansar por pelo menos 30
minutos na geladeira.
Coloque em uma assadeira e leve
ao fogo médio pré-aquecido (210°C) por aproximadamente 40 ou 50 minutos.
Olhe sempre a costelinha,
virando-a na metade do tempo até ficar bem dourada.
Molho de Agrião
5 punhados de folhas de agrião lavadas e picadas
2 dentes de alho bem picados
Azeite
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sobremesa de amido de milho
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
Páprica picante a gosto
Em uma panela pequena coloque um
fio de azeite. Depois de aquecido coloque o alho para dourar.
Jogue o agrião picado e os
temperos (sal, pimenta e páprica a gosto).
Assim que o agrião murchar e
soltar um pouco de água, retire-o do fogo e bata tudo no liquidificador (ou
utilize um mixer, se desejar).
Observação:
Se preferir um molho mais homogêneo, bata por mais tempo, mas se gostar com pedaços mais graúdos, dê leves impulsos apenas no liquidificador ou mixer.
Se preferir um molho mais homogêneo, bata por mais tempo, mas se gostar com pedaços mais graúdos, dê leves impulsos apenas no liquidificador ou mixer.
Volte a mistura para a panela ,
ligue o fogo e coloque uma colher de sopa de manteiga. Mexa bem,
experimente o sabor dos temperos.
Por fim, coloque uma colher de
sobremesa de amido de milho para engrossar o molho.
Dica:
misture o amido de milho antes em um copo pequeno com dois dedos de água ou com um pouco do próprio molho.
misture o amido de milho antes em um copo pequeno com dois dedos de água ou com um pouco do próprio molho.
Está pronto! É só servir em cima
da costelinha suína e sugerimos também um arroz branco de acompanhamento!
E para ficar ainda mais saboroso
esse BANQUETE MEDIEVAL, aprecie esse
prato com uma cerveja encorpada, tal como a maravilhosa Bernard Amber Lager – uma cerveja da República Tcheca, com receita
do ano de 1597, não pasteurizada, microfiltrada, feita com água mineral das
Montanhas Morávias, possui uma bela cor acobreada, levíssimo amargor e agradáveis
notas caramelizadas provenientes de seu malte e fina levedura !
BOM APETITE !!!
Realmente a cozinha medieval teve um papel social muito relevante e delicioso!
ResponderExcluirCom certeza !
ResponderExcluirFantástica a metáfora do trajeto da alimentação pelo nosso corpo com relação ao cozimento e diferentes tipos de alimentos !
Ótima receita !!
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